O senhor me acusa de contemporizar com os criminosos, até que eu apanhe um de seus filhos em alguma falta.
O senhor se orgulha de seu refinamento, mas nem pisca quando interrompe minhas refeições com seus problemas.
O senhor fica fulo quando alguém o fecha no trânsito, mas se eu o pegar fazendo à mesma coisa, estarei lhe perseguindo.
O senhor acha que é parte do meu trabalho se alguém me fere, mas diz que é truculência da Polícia se eu devolvo uma agressão.
O senhor nem cogita em dizer ao seu dentista como arrancar um dente, ou ao seu médico como extirpar seu apêndice, mas está sempre me ensinando como aplicar a lei.
O senhor quer que eu o livre dos que metem o nariz na sua vida, mas não quer que ninguém saiba disso.
O senhor brada: É preciso fazer algo para combater o crime, mas fica furioso se é envolvido no processo.
O senhor não vê utilidade para minha profissão, mas certamente ela se tornará valiosa se eu trocar um pneu furado de sua esposa, ou conduzir seu menino no banco de trás do carro patrulha, ou, talvez, salve a vida de seu filho com uma respiração boca-a-boca, ou trabalhe muitas horas extras procurando por sua filha que sumiu.
Assim, Senhor Cidadão, o senhor pode levantar e sair, dizer impropérios e se enfurecer pela maneira pela qual executo meu trabalho, dizendo todos os nomes feios possíveis. Mas nunca se esqueça que sua propriedade, sua família e até sua vida depende de mim e de meus colegas. Sim, Senhor Cidadão, eu sou um Policial!
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