Retorno
Um bom administrador necessariamente precisa verificar o feedback, o retorno de suas ações, o resultado de suas decisões, a fim de avaliar o trabalho que está sendo desenvolvido. No âmbito militar, isso precisa ser mensurado pelo comandante através de sua tropa de algum modo, apesar das nuanças típicas da doutrina diferenciada. Não será com uma caixa de sugestões admitindo-se anonimato que se conseguirá um resultado confiável, talvez um recurso dessa natureza acabe transformando-se em válvula de indisciplina para frustrações reprimidas, por exemplo. É preferível o diálogo franco, a abertura sincera e honesta à conversa, com o acatamento de críticas construtivas, a análise de opiniões, recebimento de sugestões, argumentação, entre outros procedimentos que permitam uma via de comunicação efetiva e produtiva. Há até a hipótese de recorrer a "infiltrados de confiança", pessoas que fazem parte do seio de comandados e compartilham da intimidade crítica típica do subordinado, gozando ainda de reputação e credibilidade junto ao comando, sem necessariamente tornarem-se "peixes", apadrinhados, dedo-duros. O que importa é, de um modo ou de outro, ter uma noção de como anda a aprovação, já que não se trata de uma democracia, não há eleição, deposição, impeachment. De um soldado mais antigo no PO ao comandante geral, nenhum deles é soberano e supremo, todos devem satisfações à confiança depositada por quem lhe concedeu a autoridade, e ao mesmo tempo necessitam abraçar a causa daqueles que por ele são representados, lutando por seus interesses. Eis o grande desafio, verificar como andam os dois processos simultaneamente. Ao se fechar em clausura blindada, limitando o canal de troca de dados em um só sentido, corre-se o risco de criar uma ilusão da realidade, distorcendo por completo as concepções predominantes, que acabam por fantasiar um mundo imaginário e irreal.
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