A mobilização cearense é a oitava a ocorrer nos últimos meses em todo o Brasil, intensificando o entendimento de que praticamente todas as polícias do Brasil vivem situações incômodas de atuação e valorização.
A segurança pública cearense está vivendo momentos de tensão, onde as polícias civis e militares se uniram reivindicando melhorias salariais e contratação de novos policiais, haja vista a escassez de efetivo para dar conta das demandas nas polícias. Neste sábado, 2 de julho, as categorias realizaram a “Caminhada da Insatisfação”, em Fortaleza, visando chamar a atenção da população para a situação crítica das polícias cearenses.
A Polícia Civil está em greve, e a Polícia Militar iniciou o chamado “Tolerância Zero”, movimento onde os policiais cumprem a lei em sentido estrito, apresentando às delegacias (que não estão funcionando) a mínima infração penal que observarem. A consequência natural desta postura é o travamento do policiamento.
Vejam alguns detalhes sobre o movimento reivindicatório cearense:
Delegacias com efetivo mínimo de policiais civis e, ao mesmo tempo, superlotadas de ocorrências. Esta promete ser a realidade do fim de semana na Grande Fortaleza. Iniciada a greve dos policiais civis, no início da manhã de ontem, apenas cinco delegacias estavam funcionando durante o dia. Em Fortaleza, o 5º DP (Parangaba), o 12º DP (Conjunto Ceará), Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). Na região metropolitana, apenas a Delegacia de Caucaia.No começo da tarde de ontem, teve início também um movimento dos policiais militares denominado ´Tolerância Zero´. “A ideia é levar toda e qualquer ocorrência para as delegacias, desde as mais simples até as mais complexas. Vamos cumprir a lei ao pé da letra”, explicou o capitão Wagner Sousa, da Associação dos Profissionais de Segurança Pública do Estado do Ceará. Segundo ele, o objetivo principal é “chamar a atenção da população e do Governo para os problemas enfrentados pelos policiais militares no Ceará”.Segundo ele, toda a PM está envolvida no movimento. “Policiais do Batalhão de Choque, Ronda do Quarteirão e Policiamento Geral Ostensivo (POG) todos estão participando”. Pedro Queiroz, presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros (Aspramece), aposta na adesão total da categoria. “Distribuímos cartazes e panfletos por todas as unidades militares”, revela. A operação também está tendo repercussão em sites de relacionamento como Orkut, Facebook e Twitter, com postagens durante toda a sexta-feira (1º), que continuaram ontem.Leia mais no Diário do Nordeste…
A mobilização cearense é a oitava a ocorrer nos últimos meses em todo o Brasil, intensificando o entendimento de que praticamente todas as polícias do Brasil vivem situações incômodas de atuação e valorização. Tomara que os colegas do Ceará alcancem êxito nas reivindicações, diferentemente de outras mobilizações que foram abafadas pela politicagem.
Fonte: Site Abordagem Policial/BA.
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