quarta-feira, 6 de julho de 2011

SEGURANÇA PÚBLICA - UMA QUESTÃO DE RESPEITO.

Como ser imparcial quando todos são tendenciosos? Como ter voz, quando todos querem que fiquemos calados? Pois é, somos guiados, monitorados, censurados e muitas vezes até banidos por sermos autênticos. Se falamos a verdade temos que regrar o tom, se falamos com eufemismos somos frouxos. Se cobramos atitude somos radicais. Se deixamos como está somos omissos. Enfim, a Segurança Pública é um problema de todos, todos sem exceção. É um problema que atinge a todos.


Não é um problema que se resume a polícia e ao bandido. Não é uma questão que irá ser resolvida armando ou desarmando a população. Não adianta tapar o sol com a peneira. Precisamos falar e sermos ouvidos, sermos respeitados como cidadão, como pessoa. Segurança Pública é um problema que extrapola as ideologias políticas, religiosas, étnicas. O Brasil está cheio de gente boa, gente do bem. Mas é mais fácil nivelar por baixo. É mais fácil generalizar. Preconceitos e pósconceitos.

Aqui todo político é ladrão, todo padre é pedófilo, todo preto ou pobre é ladrão. Infelizmente muita gente pensa assim e é por isso que a coisa não sai do canto. Chegamos a um limite de ignorância drástico, a uma inversão total de valores, não podemos sequer falar a verdade em alguns momentos, por que senão seremos mal vistos ou mal interpretados. Estamos no país que dá mais cadeia matar o tatu do que matar o guarda florestal. Estamos no país que beber ou fumar cigarro virou crime e onde a liberação das drogas pode ser uma realidade em breve.

Tudo é um contrasenso. Votamos pela livre comercialização de armas de fogo, quando um insano usa uma arma de forma irresponsável, querem que outra votação seja feita. Mas quando elegemos um político e ele não procede como deveria, por que não fazemos outra eleição? No Brasil qualquer absurdo pode acontecer. O palhaço vira político e o político vira palhaço. Criamos leis para substituir educação doméstica.

Quando o cidadão comum tem uma atitude honesta vira capa de jornal. Convencionamos o que é certo e o que é errado, mas o errado virou coisa comum e não assusta mais. Se você chamar o homossexual de homossexual é homofobia, se você chamar o negro de negro é racismo. Então criamos leis para que isso não aconteça. Mai as leis não mudam os conceitos, os preconceitos.
O problema está na mente, não apenas na atitude. Vimos e vemos todo o dia uma sociedade sem valores. Toleramos um rombo no caráter alheio, mas nos prendemos logo a um mísero furo na camisa alheia. Pois é, somos o que temos, não somos o que somos. Possivelmente você não sabe o sobrenome do seu vizinho, mas certamente sabe a marca, ano e modelo do carro dele.

Fica complicado, por a culpa na Polícia, na Justiça, no Governo. A coisa começa em casa, na escola desde pequeno. Antigamente quando uma criança fazia uma desobediência, um ato de má educação levava uns tapas ficava de castigo, hoje isso é crime. Não precisamos de um milagre. Precisamos de respeito, respeito aos mais velhos, respeito aos mais fracos, respeito aos diferentes. Mas sobretudo respeito aos semelhantes. Pense nisso. Segurança Pública é acima de tudo uma questão de respeito. Que Deus tenha misericórdia de nós.

Fonte: forum seguranca (Amadeu Robalinho Dantas da Gama Neto)

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